terça-feira, 11 de agosto de 2009

Políticos e eleições



No blogue local, Linda Figueira, está uma citação do escritor e jornalista Batista Bastos. Foi lá colocada como introdução de um comentário feito à polémica das listas dos candidatos do PS à Câmara Municipal, chumbada pela CPC. A lista apresentada por Ataíde das Neves não obteve consenso e vai ser "retocada", conforme informa o "Figueirense" na edição on-line de ontem. A título de curiosidade vejamos o que diz o tal comentário:

"Somos pertença de uma casta que se alterna no poder e asfixia-nos com decisões erradas e sem nenhuma preocupação pelo nosso futuro."-Baptista-Bastos "

"Vem isto a propósito de se ter dito atrás que só vingam as ideias cozinhadas, antecipadamente, nos bastidores do poder. A única razão das convulsões de um determinado partido local radica no propósito de que alguém de Coimbra, que até votou na AR, contra o levantamento do sigilo bancário nos casos de corrupção, manipula, quem bem entende, como entende fazendo tábua rasa da vontade da maioria dos militantes.
Com as trapalhadas todas que têm vindo a público não se percebe bem a razão de um magistrado se envolver nestas situações, dado que seria salutar separar as águas: uma coisa é a política outra é a justiça. Ninguém pode servir ao mesmo tempo a dois senhores porque para adorar um tem que desprezar o outro. Por tais razões parece-nos que poderá abandonar a Câmara, (objectivo principal para o qual terá sido mandatado) a breve trecho, na eventualidade de ganhar, dando o lugar ao segundo na lista. A tal casta de que fala Batista Bastos, manipula à esquerda (PS) e à direita (PSD, sem pudor, ignorando "a plebe" dos partidos, e isto tanto vale para as autárquicas como para as legislativas.

Nas candidaturas independentes, onde nem tudo corre como se diz, também se registam algumas contradições em que dominam alguns VIP´s, tendo-se verificado adesões precipitadas, rectificadas a seguir, com recuos "estratégicos", para os seus partidos de origem. E, pese embora o cariz popular ou popularucho, do principal candidato, este peca por alguns problemas,onde avultam a falta de uma máquina partidária eficiente e outros relacionadas com saúde, parecendo-nos não ser, também, a tal personalidade forte necessária para conduzir os destinos da Edilidade. Nestas circunstâncias, Victor Coelho, parece-nos preencher melhor as condições para o cargo, embora esta possa parecer uma afirmação gratuita ou uma pedrada no charco da política local.Em face do exposto, a candidatura do actual, presidente, Duarte Silva, poderá constituir uma surpresa, ou não tanto assim, não só porque conta com fortes apoios, insuspeitos, acabando por sair vencedora se a máquina partidária do PSD, trituradora muitas vezes, como se sabe, trabalhar em pleno nesse sentido."

À parte a alusão a Victor Coelho, que nos parece um pouco deslocada, a análise feita pode ter o mérito de ir ao encontro do que pensam a maioria das pessoas. Mas cada um que faça a sua própria interpretação dos factos em curso, protagonizados pelos políticos da nossa praça e consiga uma síntese em conformidade. Uma coisa parece certa: é que a Figueira não quer continuar a ser a Coimbra "B", como parece ser a vontade de alguns insignes forasteiros que nos visitam, nomeadamente em tempo de eleições!...

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