sábado, 15 de maio de 2010

Vemos, sentimos e lemos!...


Ao ler a versão impressa do Público de hoje, chamou-me a atenção o artigo “Viva Portugal” de Vasco Pulido Valente” do qual extraio o seguinte:

“Sócrates não existe. Está em S. Bento como estaria uma planta, à espera do momento próprio para ser removido…

Custa engolir isto ao fim de vinte anos de retratos de família e da imunda cegarrega da “união”. Só que nunca houve “união”. As grandes potências da Europa –a Alemanha, a Inglaterra e a França- não desapareceram e continuaram a desprezar por convicção e hábito os semicafres do Mediterrâneo e do Leste, que se dignam proteger e, de quando em quando, explorar. As tribos do Báltico, ao menos, sendo louras, permitem um certo sentimento de afinidade. O resto não: essa tropa fandanga, miserável, eternamente envolvida em querelas de má morte, preguiçosa e suja não faz parte da Europa por mais de que um desgraçado acidente geográfico. Por isso, o Sarkozy e a sra. Merkel não hesitaram em chamar o irresponsável sr. Sócrates, pregar uma descompostura ao referido Sócrates e mandar o homem para casa com o rabo entre as pernas. E, para cúmulo, com razão. Viva Portugal!”

No nosso modesto entendimento, parece-nos que por vezes, VPV, peca, por excesso, em certos artigos de opinião Todavia, considerando os factos ocorridos esta semana, não podemos deixar de lhe dar razão. Portugal está na cauda da Europa e a “caricata submissão” do primeiro-ministro é a prova de que estamos a perder a viabilidade como País e o resto do prestígio e da independência que nos resta.
Os discursos de circunstância que alguns governantes nos impingem, quase todos os dias através dos media e da TV, continuam a querer branquear a sua responsabilidade no caos a que se chegou. Na EU de “bons alunos” passámos a burros mandados, prestes a suportar excesso de carga, não tanto para salvar o país, mas sim para salvar um projecto, incaracterístico e alheio ao nosso sentir como povo, que cada vez se torna mais utópico.
E porque sentimos as dificuldades,“vemos, ouvimos, e lemos, não o podemos ignorar”.
Por isso faz cada vez mais sentido gritar, não irónicamente, como parece ser o caso de VPV no final do seu artigo, mas com o maior sentido patriótico: viva Portugal!...
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