"O antigo candidato independente à Presidência da República, e posteriormente candidato à presidência da AR, não assistiu ao debate do programa de Governo alegando motivos de saúde. Mas segundo a RTP, Fernando Nobre já não regressa ao Parlamento após a derrota de Junho. O pedido de renúncia ao mandato de deputado foi entregue sexta-feira a Assunção Esteves".
Fernando Nobre digeriu muito mal a derrota da sua candidatura à Presidência da AR. Era tudo uma questão de tempo. O que começou mal tinha de acabar mal.
O médico que estava ligado a acções humanitárias através da AMI, que fundou em 1984, contrariou a sua vocação natural.
Nunca iria sentir-se realizado, nem poderia exercer a contento o lugar de topo na AR (uma inevitável pedra de tropeço) que lhe fora prometido por P. Coelho, e muito menos o de deputado. Acresce a isto o ressentimento que, numa situação destas, não é fácil de ultrapassar.
Na realidade, a rejeição de que foi alvo nas duas eleições para o Parlamento, apontou-lhe antecipada e ingloriamente, a porta da saída.
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