sábado, 10 de março de 2012
Os três Coretos
O título em si mesmo é simples, incolor e inodoro como a água cristalina. Mas a história dos três coretos nem tanto. Já fez correr muita água na comunicação impressa e na blogosfera cá do burgo. E, convenhamos, que tem um sabor amargo, não cheira muito bem e é pouco cristalina.
A que propósito vem esta peroração e porquê três coretos? Já lá vamos.
Hoje, com este dia de verdadeiro Verão no Inverno, lembrei-me de ir ao jardim Municipal que em tempos foi um dos ex-libris da cidade, porque privilegiado e saudável local de convívio e lazer, na vaga esperança de apanhar um pouco de fresco da sombra das árvores.
Desilusão: as que vi são poucas e estão quase nuas. As frondosas árvores de outrora de múltiplas espécies, bem tratadas, que perfumavam aquele espaço só existem agora no meu imaginário de menino.
Lembrei-me então do antigo Coreto que fazia a alegria da criançada e dirigi-me para o local onde ele existiu. Má fortuna: limitei-me a imaginar as flores, o lago que o circundava, os peixes de todas as cores (onde sobressaiam os vermelhos e dourados) e lembrei-me das palmadas que levei por me debruçar demais para os ver, quiçá para os apanhar.
Lembrei-me dos músicos, dos ranchos, dos veraneantes espanhóis, do palavrório brejeiro e esquisito das espanholitas que eu tentava beliscar, entre atrevido e curioso, mas que não me deixavam pôr o pé em ramo verde...
O que vi foi uma tentativa aerodinâmica, pífia, de representar uma vela, cuja única virtude é o de fazer daquele local o mais pobre e insípido do Jardim Municipal.
Só falei de dois coretos: a do antigo e a do actual. Falta ainda a história do terceiro. Porém, essa fia mais fino: é a do Coreto prometido que não passou de uma vã promessa eleitoralista que ainda hoje está por cumprir.
Mas para que não digam que sou tendencioso ou má língua, remeto-vos para a terceira que aqui é comentada com outras nuances.
(Clicar nas fotos)
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Prezado Amigo:
ResponderEliminarGostei deste seu apontamento sobre os coretos do Jardim Municipal Infante D. Henrique, da Figueira da Foz.
Aproveito para lembrar que houve um terceiro (na circunstância, um segundo), um verdadeiro disparate que este instalado no topo norte do Jardim, com uns degraus (tipo bancada) que os músicos "interditaram".
Abraço,
Aníbal
Caro amigo e Sr. Aníbal José de Matos,
ResponderEliminarCom efeito lembro-me vagamente do tal "segundo coreto";valha a verdade, porém, que não sabia para o que é que aquilo servia... Mas, como refere que os músicos o "interditaram", só podemos concluir que não servia para nada!...
Abraço retribuído.
Meu Caro amigo:
ResponderEliminarA minha resposta ao seu esclarecimento, que agradeço, saiu errada, porque não soube ler o que disse. O tal segundo coreto de que fala já não existe.
Não me restou outro remédio para emendar a minha desatenção: eliminei o meu 1º comentário e fiz outro que está acima. Espero que "a emenda não seja pior do que o soneto".
Cumprimentos