quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O banqueiro e o IMI


A subida do IMI tem gerado críticas de algumas figuras políticas de relevo, algumas das quais conotadas mesmo com o partido do governo. O aumento deste imposto que tem como base as reavaliações dos prédios urbanos chega nalguns casos a atingir 1000%.

É óbvio que existem duas razões principais para que as reavaliações sejam tidas como gravosas e injustas para uma grande parte dos cidadãos:

1-A crise do desemprego e a baixa generalizada e real de salários e pensões pela via fiscal (IRS) da maioria dos portugueses.

2-O facto de as casas se terem “desvalorizado cerca de 18%desde finais de 2006 e os imóveis valerem, hoje, menos 219 euros por metro quadrado.”

Quando se faz um aumento brutal do IMI nas condições em que é feito, à pressa, com suporte em fotografia (via big brother da Google) para cumprir prazos, precisamente quando os prédios valem menos, não pode deixar de haver reclamações. O método peca por defeito nalguns casos e por excesso noutros.

Há muito tempo que se justificava a necessidade da actualização e reavaliação do parque urbano para efeitos de cobrança do IMI, mas a urgência de se conseguirem receitas de qualquer modo para combater o défice, levou o governo, agora, a tomar medidas que, para muitos, vêm a destempo e só prejudicam, ainda mais, os cidadãos de mais fraco rendimento.

No caso em apreço do IMI, mais uma vez, “quem se lixa é o mexilhão”. E isto é tanto mais verdadeiro quanto sabemos que haverá sempre aqueles que, graças à sua riqueza, e por causa dela, terão sempre artes e meios ou “lapsos” de memória, para fugir ao pagamento das suas obrigações fiscais, tal como parece ser o caso do “distinto banqueiro” que foi notícia ontem no CM.
Nota:

-Reposição do post do  pretérito dia 27

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