sábado, 25 de junho de 2011

O benefício da dúvida

O benefício da dúvida é o que os portugueses (entre os quais me incluo) estão a conceder ao novo executivo.


“Viajar em classe económica na Europa; acabar com os governadores civis, sem acabar com os governos civis”, como diz VPV no Público de hoje, “é a política do gesto”… mas pode não passar de um “espectáculo” tão do nosso agrado.


Creio que VPV e a maioria dos portugueses esperam por algo de mais sólido e, para isso, é preciso que os novos inquilinos de S. Bento, dêem, um sinal inequívoco de que estão com os fragilizados e esbulhados pelo "sistema."

Podem começar por melhorar a justiça deste país;  começar por dizer como foram possíveis os BPN's; como se conseguiram (por exemplo) grandes fortunas que foram depositadas em offshores; como se constroem resortes de luxo ou porque existiram processos freeportes, covas da beira e outros que ficaram envoltos em nuvens de suspeição...


“O espectáculo, às vezes, consola a alma, mas não enche a barriga,” como diz o referido articulista no final do seu artigo.


Não deixando de ser verdade o que ele diz, nós acrescentamos: “Nem só de pão vive o homem”; vivemos também de princípios e de exemplos sem o que, nem ninguém ficará convencido, nem  a democracia irá passar de uma farsa.

1 comentário:

  1. Do Público:
    "Ao pôr os membros do Governo a viajar em económica para os destinos na Europa (não se sabe como será no longo curso), Passos Coelho não poupa directamente dinheiro mas liberta lugares na TAP em classe executiva, onde o preço dos bilhetes é muito superior, podendo por esta via permitir que nalguns casos a empresa venda bilhetes nesta classe que de outro modo estariam indisponíveis."

    Embora o gesto seja quase simbólico, é um bom exemplo.

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