sábado, 3 de setembro de 2011

Os ricos, as taxas e os camelos



A propósito dos ricos e da alegada intenção, aliás já desmentida por Passos Coelho, de taxar os nossos milionários, "solidários" como estão na salvação do País, o bilionário Américo Amorim, disse esta semana, conforme refere o Expresso, que “não se considera rico e é um mero trabalhador.”

Já sabíamos que os "camelos" produzem e transportam as riquezas dos seus senhores. Mas, em face do despautério do rei da cortiça, terá de ser feita uma nova redacção e interpretação dos Evangelhos. Assim, em vez de lermos: "É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino dos Céus” (S. Mateus 19:24), passaremos a ler, “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que taxar os ricos em Portugal.”

Resumindo e concluindo, isto quer dizer que os pobres estão condenados a salvar o país na vaga esperança de ganhar o Céu, enquanto os Amorins e outros quejandos, à cautela, vão ganhando o Céu cá na Terra à custa dos camelos do costume.

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