Com o título: “O moderno capitalismo selvagem”, Francisco Sarsfield Cabral, a determinada altura, diz no semanário SOL de hoje o seguinte:
“Diz-se que reclamar contra os vencimentos fabulosos dos gestores empresariais revela inveja. Talvez, mas está em jogo algo mais importante. Em particular numa altura em que tanta gente mal ganha para comer, em parte devido a loucuras do sector financeiro ditadas por um espírito de ganância, é uma questão de elementar decência. E não é irrelevante para a saúde da nossa sociedade a machadada na coesão social que representam certos vencimentos milionários, impensáveis no tempo do clássico capitalismo selvagem”...
Henry Ford afirmou que "o melhor uso do capital não é fazer dinheiro, mas sim fazer dinheiro para melhorar a vida.” Este conceito poder-se-ia chamar de capitalismo de rosto humano do qual, ao que parece, estamos a milhões de anos-luz. Tivemos o tempo clássico do capitalismo selvagem, mas o que retiramos das afirmações do articulista do SOL é que em determinados aspectos o actual capitalismo ultrapassou aquele em selvajaria. Sublinhemos o que ele diz:
- sector financeiro louco
- espírito de ganância
- sociedade doente
- coesão social em perigo
Na realidade “está em jogo algo mais importante” e, se assim é, se este capitalismo moderno ultrapassou ou está à beira de ultrapassar tudo o que conhecemos em termos de ganância ou de selvajaria, que projecto ou que poderes estranhos e iníquos são estes que nos querem subjugar?
O artigo de Sarsfield Cabral tem um texto denso mas elucidativo, com cerca de 9 sub-títulos,sobre o tema: "O moderno capitalismo selvagem", que merece ser lido íntegra. Apenas fiz a transcrição de um deles da versão em papel do SOL.
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