“Os portugueses
sentem-se perdidos. Desiludidos com Passos Coelho, não vêem na oposição uma
alternativa credível e de Cavaco Silva já não esperam qualquer solução. Ao fim
de um ano de mandato, Passos vive dias difíceis. Tem contra si a opinião
pública, por causa das promessas não cumpridas. Depois de se ter comprometido a
não baixar os salários e a não aumentar os impostos, fez exactamente o
contrário e conta agora com o divórcio da maioria dos portugueses.”
Texto do professor universitário Paulo Morais, no CM de hoje na sua habitual crónica Fio de Prumo, sob o título: Portugal...que futuro
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Não temos a certeza de que os portugueses se sintam realmente perdidos. Mas sentem-se, seguramente, enganados, desiludidos e revoltados com a política fandanga dos actuais governantes que, na senda dos anteriores, lhes saíram mais uma vez na rifa. Os anteriores levaram o País para a quase insolvência; estes limitam-se a cumprir, quais mandatários, as exigências e a austeridade impostas pela troika, com o consequente ferrete da perda de soberania.
Os portugueses estão quase divorciados do actual 1º Ministro e do poder que ele representa, mas valha a verdade dizer que não têm com quem casar. Parece que continuam a acreditar, sebastianicamente, em algo ou alguém para saírem desta crise, embora tudo aponte que tal não vai ser possível sem novos sacrifícios. E, se assim for, e outra solução não houver, talvez acabem por acreditar neles próprios. Isso acontecerá quando se aperceberem de vez, que o dinheiro que alguns políticos e demais “gente fina”, malbarataram ou roubaram , deve ser pago pelos responsáveis e não por quem não teve nada a ver com isso.
Acredito que o indígena Lusitano ainda não perdeu por completo a intuição e a força anímica, mas tem uma canga demasiado pesada, iníqua e vergonhosa para que continue a suportá-la sozinho. E porque assim é, talvez um dia destes a sacuda e bem assim, sacuda todos aqueles que nos últimos anos governaram sem sentido de Estado, curando mais dos seus interesses, e conduziram o meu país, impunemente, à triste situação em que se encontra.
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