A subida do IMI tem gerado críticas de algumas
figuras políticas de relevo, algumas das quais conotadas mesmo com o partido do
governo. O aumento deste imposto que tem como base as reavaliações dos prédios
urbanos chega nalguns casos a atingir 1000%.
É óbvio que existem duas razões principais para
que as reavaliações sejam tidas como gravosas e injustas para uma grande parte
dos cidadãos:
1-A crise do desemprego e a baixa generalizada e
real de salários e pensões pela via fiscal (IRS) da maioria dos portugueses.
2-O facto de as casas se terem “desvalorizado
cerca de 18%desde finais de 2006 e os imóveis valerem, hoje, menos 219 euros
por metro quadrado.”
Quando se faz um aumento brutal do IMI nas
condições em que é feito, à pressa, com suporte em fotografia (via big brother
da Google) para cumprir prazos, precisamente quando os prédios valem menos, não
pode deixar de haver reclamações. O método peca por defeito nalguns casos e por
excesso noutros.
Há muito tempo que se justificava a necessidade da actualização e reavaliação do parque urbano para efeitos de cobrança do IMI, mas a urgência de se conseguirem receitas de qualquer
modo para combater o défice, levou o governo, agora, a tomar medidas que, para muitos,
vêm a destempo e só prejudicam, ainda mais, os cidadãos de mais fraco
rendimento.
No caso em apreço do IMI, mais uma vez, “quem se
lixa é o mexilhão”. E isto é tanto mais verdadeiro quanto sabemos que haverá
sempre aqueles que, graças à sua riqueza, e por causa dela, terão sempre artes
e meios ou “lapsos” de memória, para fugir ao pagamento das suas obrigações
fiscais, tal como parece ser o caso do “distinto banqueiro” que foi notícia ontem no CM.
Nota:-Reposição do post do pretérito dia 27
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