Nesta época de Natal usa-se e abusa-se da comida. A consoada faz a alegria das crianças, por causa dos brinquedos e da mais variadas guloseimas e é motivo, para os adultos, satisfazerem os seus gostos e exageros pantagruélicos e, quiçá, a sua gula, aonde não faltam as rabanadas, as filhoses, o peru, o bolo rei, o tradicional bacalhau e os vinhos servidos e bebidos generosamente. Por algum motivo no livro, "10 razões para amar Portugal," se diz:
"Fazemos do amor à comida uma história de amor aos outros. A cozinheira alentejana, capaz de fazer maravilhas com quase nada, pão, trocinhos de abóbora e uma miríade de cheiros bravios da ribeira, é um monumento à generosidade que dá fama à gastronomia dos portugueses.
Quem conhece a comida dos ganhões, sabe do que estou a falar. Como sabe quem já provou um caldo de couves, temperado por uma rodela de chouriça que é repartida pelos comensais, no fim da refeição, se outro conduto não houver.
Comer em Portugal é partilhar. Por alguma razão uma das expressões (e mais adoráveis) ouvidas em relação à paparoca, é o popular, onde comem dois, comem três, só ultrapassado em ternura pelos seus sucedâneos, onde comem quatro, comem cinco, onde comem seis, comem sete, etc.
Os comes e bebes, entre nós, são generosos no dar e no receber. Qualquer zurrapa passa a pomada se for servida pelo produtor; qualquer S. Martinho se alegra com água- pé, oferecida clandestinamente com todo o gosto. A comida é, resumindo, uma enorme razão para amar Portugal. Não só sabe bem e dá saúde, como levanta o moral das tropas e aquece estômagos e egos, à uma. No comer e no beber, somos mesmo do melhor que há."
"Fazemos do amor à comida uma história de amor aos outros. A cozinheira alentejana, capaz de fazer maravilhas com quase nada, pão, trocinhos de abóbora e uma miríade de cheiros bravios da ribeira, é um monumento à generosidade que dá fama à gastronomia dos portugueses.
Quem conhece a comida dos ganhões, sabe do que estou a falar. Como sabe quem já provou um caldo de couves, temperado por uma rodela de chouriça que é repartida pelos comensais, no fim da refeição, se outro conduto não houver.
Comer em Portugal é partilhar. Por alguma razão uma das expressões (e mais adoráveis) ouvidas em relação à paparoca, é o popular, onde comem dois, comem três, só ultrapassado em ternura pelos seus sucedâneos, onde comem quatro, comem cinco, onde comem seis, comem sete, etc.
Os comes e bebes, entre nós, são generosos no dar e no receber. Qualquer zurrapa passa a pomada se for servida pelo produtor; qualquer S. Martinho se alegra com água- pé, oferecida clandestinamente com todo o gosto. A comida é, resumindo, uma enorme razão para amar Portugal. Não só sabe bem e dá saúde, como levanta o moral das tropas e aquece estômagos e egos, à uma. No comer e no beber, somos mesmo do melhor que há."
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