O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, disse hoje que Portugal está numa situação difícil de governação, mas não de "ingovernabilidade" e que o grande teste à estabilidade política vai surgir com o Orçamento de Estado para 2010.
Ver aqui.
A propósito das muito respeitáveis declarações de Freitas do Amaral que continua a não querer perder protagonismo, sendo prova disso algumas piruetas do seu passado político recente, contrárias à sua matriz conservadora, reconhecemos a pertinência de algumas das suas afirmações. Mas não podemos deixar de acrescentar o seguinte:
Fizeram-se coisas boas na última legislatura, mas muito do que se passou de mau neste país durante a mesma, deve-se a um estilo pessoal e ao deslumbramento de se ser primeiro ministro, aliado ao deslumbramento de se ter uma maioria parlamentar, que ignorou quase olimpicamente a oposição, numa atitude muito pouco democrática! O resultado foi o que se viu e o povo, com medo, decidiu votar de modo diferente. Há que respeitar essa decisão, fazendo agora acordos em conformidade com o novo leque parlamentar. Só com flexibilidade, competência e humildade o actual governo conseguirá conquistar a oposição e esta, por sua, vez tem que estar à altura da confiança que lhe foi dada no sentido de resolver a grave crise do País em que pontifica uma taxa de desemprego perto do 10% e um endividamento diário de 60 milhões de euros.
O orçamento de Estado para 2010 não pode ser o pomo de discórdia, aparentemente inultrapassável, das oposições e do governo. Mas também não tem de ser o orçamento do PS para o País, mas sim o de todas as forças partidárias em consenso que, no Parlamento representam o Povo. E aí reside, na nossa opinião, o verdadeiro "calcanhar de Aquiles" de quem não sabe, não quer ou não tem feitio para governar sem maioria absoluta e quer impor à viva força uma linha de rumo de matriz única quando é certo que a saída da crise está na pluralidade das ideias. A filosofia do partido único de má memória já a conhecemos. E a metade de uma sardinha para cada português também!
É chegada a hora de todos os partidos, sem unanimismos bacocos, se entenderem no essencial, num projecto de orçamento que tenha como objectivo único fazer sair o País da tristeza "apagada e vil" em que se encontra, sem o que a Nação, com mais de 900 anos de história, correrá o sério risco de perder a sua própria independência e comprometer, definitivamente, o futuro de milhões de portugueses que não querem deixar de o ser.
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A propósito das muito respeitáveis declarações de Freitas do Amaral que continua a não querer perder protagonismo, sendo prova disso algumas piruetas do seu passado político recente, contrárias à sua matriz conservadora, reconhecemos a pertinência de algumas das suas afirmações. Mas não podemos deixar de acrescentar o seguinte:
Fizeram-se coisas boas na última legislatura, mas muito do que se passou de mau neste país durante a mesma, deve-se a um estilo pessoal e ao deslumbramento de se ser primeiro ministro, aliado ao deslumbramento de se ter uma maioria parlamentar, que ignorou quase olimpicamente a oposição, numa atitude muito pouco democrática! O resultado foi o que se viu e o povo, com medo, decidiu votar de modo diferente. Há que respeitar essa decisão, fazendo agora acordos em conformidade com o novo leque parlamentar. Só com flexibilidade, competência e humildade o actual governo conseguirá conquistar a oposição e esta, por sua, vez tem que estar à altura da confiança que lhe foi dada no sentido de resolver a grave crise do País em que pontifica uma taxa de desemprego perto do 10% e um endividamento diário de 60 milhões de euros.
O orçamento de Estado para 2010 não pode ser o pomo de discórdia, aparentemente inultrapassável, das oposições e do governo. Mas também não tem de ser o orçamento do PS para o País, mas sim o de todas as forças partidárias em consenso que, no Parlamento representam o Povo. E aí reside, na nossa opinião, o verdadeiro "calcanhar de Aquiles" de quem não sabe, não quer ou não tem feitio para governar sem maioria absoluta e quer impor à viva força uma linha de rumo de matriz única quando é certo que a saída da crise está na pluralidade das ideias. A filosofia do partido único de má memória já a conhecemos. E a metade de uma sardinha para cada português também!
É chegada a hora de todos os partidos, sem unanimismos bacocos, se entenderem no essencial, num projecto de orçamento que tenha como objectivo único fazer sair o País da tristeza "apagada e vil" em que se encontra, sem o que a Nação, com mais de 900 anos de história, correrá o sério risco de perder a sua própria independência e comprometer, definitivamente, o futuro de milhões de portugueses que não querem deixar de o ser.
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