quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dia de Portugal e de Camões


Hoje, 10 de Junho, é dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas.
As celebrações estão a ser feitas em Faro, presididas pelo Presidente da República, com as honras militares da praxe e a presença de muitos ex-combatentes.

"Honrar as Comunidades Portuguesas, devia ser, para além de uma lembrança dos ausentes, uma reflexão sobre cerca de cinco milhões de portugueses que pelos mais variados aspectos, procuram na Europa, nas Américas, na Oceânia e em África, uma vida que a Pátria lhes não soube dar.
Devia ser, ainda, uma reflexão sobre o fecho dos Consulados que ocorreu em 2007, deixando cada vez mais longe os laços com a origem, tendo em conta que os “consulados virtuais”, via Internet, retiram a via directa do encontro e tudo quanto representa de afecto o contacto entre pessoas.

Pese, embora, tudo isto, que é um sinal dos tempos actuais, o que tem de continuar a ficar de pé, é o símbolo da Pátria – focado em Camões – que bem merecia outro tratamento na Escola pública, porque esta não pode continuar a esquecê-lo, enquanto Homem e Poeta, dos maiores que até hoje ergueram os Heróis nacionais como bandeiras honrosas, lembrando-os, ainda que eles, como aconteceu com Camões, não tenham tido enquanto vivos, as honras que lhe eram devidas."
(In Revista Lusofonia)

2 comentários:

  1. Meu caro ZéFoz O Dia de Portugal e de Camões, é muito mal tratado, pelos nossos governantes e pelos responsáveis da cultura.
    Veja a nível local o que foi feito e as nossas escolas o que promoveram?
    - Feriado e é tudo.
    Com aqueles a quem se exige o "EXEMPLO" a aproveitarem como o restantes o "feriado" e ... vamos á festa que o StªAntónio está aí.
    Digo isto a propósito ( o que não é novo) da vontade de alguns quererem acabar com "alguns feriados".
    -Evoluimos um pouco, longe vai o tempo que havia tolerância de ponto para ver o futebol, agora é quando dá jeito políticamente.
    Mas ninguém acredita na coragem de tal medida, porque já não existem Camões, nem infantes Navegadores ( homens que sentiam e viviam a Nãção) e e os mais contemporãneos ( que inglóriamente ficaram no esquecimento ) sentem é desilusão.
    Camões não é hoje estudado no nosso ensino com a dimensão do significado que se deveria exigir em memória e respeito pela Nação que somos.
    No mundo de hoje é observável a vontade e luta de povos e minorias étnicas lutarem pela memória e respeito dos seus antepassados e da sua história, porque perceberam o significado e valor dessa afirmação.
    -Portugal tem história no Mundo, e esta merece ser defendida e tratada com mais cidadania.

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  2. Caro anónimo,
    Subscrevo as suas afirmações. É imperativo respeitar e defender os nossos antepassados e a nossa história, para que a memória colectiva de um povo não se dissolva nos interesses neo-liberais da chamada globalização. Aqui ao lado a vizinha Espanha, continua com o problema da afirmação de bascos e catalães que têm uma identidade própria e não querem ser castelhanos. Porque razão pois, deveríamos esquecer a nossa história que, pese embora, seja um lugar comum dizê-lo, é uma das mais bonitas da Europa, se não do mundo? Os fins subjacentes aos novos ventos da história é o do velho sonho (nunca conseguido) de unificar a Europa. Para tanto torna-se necessário erradicar o sentimento patriótico dos povos e o conceito de Nação, com as consequências que já estão à vista. Mas por esta via a UE arrisca-se a ser um fiasco.
    Portugal, como diz, tem história no Mundo que merece ser defendida e tratada com mais cidadania mas,algumas "eminências pardas" do actual governo,parece que defendem a subserviência a interesses alheios esquecendo, manifestamente, o nosso passado e a defesa da cidadania.

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