quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eduardo Catroga no Casino da Figueira


O economista e ex-ministro das Finanças verberou a política do actual governo no pretérito dia 28 de Maio no Casino no programa "125 minutos com Fátima Ferreira". Entre os vários temas abordados salientou:

-A perda da soberania orçamental.

-TGV e aeroporto.

“O problema do país não é financeiro, é económico”, explicou o professor. “Mas não podemos é agravar o problema financeiro enquanto não resolvermos o económico”, prosseguiu, defendendo que “governar é optar, é definir prioridades”. Por isso, “há um ano ainda podíamos ter redefinido prioridades, mas agora somos mesmo obrigados a parar tudo o que não seja prioritário”, defendeu. Para Eduardo Catroga, o governo devia apostar na construção do novo aeroporto se os privados assumirem os riscos, ou seja, através de um contrato de concessão de construção-exploração, e não fazendo os custos do projecto recair sobre os contribuintes. Quanto ao TGV, que considerou um “ferrari ferroviário”, Catroga lamentou o que classificou de “um bocadinho de má-fé e falta de bom-senso” do Governo, referindo-se à assinatura, “à pressa, à trouxe-mouxe e na véspera do anúncio de medidas de austeridade”, do contrato de construção do troço de alta velocidade Poceirão-Caia.
Recorde-se que a assinatura do contrato teve lugar a 8 de Maio, dois dias antes de o Presidente da República receber um grupo de economistas e ex-ministros das Finanças (incluindo Eduardo Catroga) que contestam o projecto. “Agora o contrato pode ser desfeito, alegando alteração de circunstâncias”, disse no Casino Figueira o economista, “mas se houver lugar a indemnizações o Governo vai ter que explicar isso aos portugueses”. - Ver aqui.

Eduardo Catroga referiu e muito bem a perda da soberania orçamental. E a Nacional, perguntamos nós?

Em contraponto à proverbial euforia Socrática do "porreiro pá", acabou ironizando:
"a festa acabou, pá!"
Mas a verdade é que a festa continua para os "pás", com nomeações a granel a despeito da crise e outras asneiras quejandas, e os problemas são para as "vassouras" que têm de aguentar e varrer a porcaria que, obstinadamente, alguém continua a fazer.

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