Luís Osório, ex-director de a Capital, é o autor de uma nova rubrica, “Ficheiros secretos” que apareceu à estampa no suplemento “tabu” do semanário SOL do dia 8.
Escreve sobre “protagonistas de pequenas histórias com grande significado” e diz que: “É na traição de alcova e na anedota contada entre quatro paredes que os destinos se cruzam ou separam para sempre.”
Do seu artigo da pretérita semana, entre outras histórias que envolvem personagens do Portugal contemporâneo e não só, com a devida vénia, respigámos a seguinte
"Não resisto a terminar com Salazar e com uma história que, não sendo original, é pouco lembrada. Quando se quer acusar o Estado Novo de devassidão moral, recordamos o “Ballet Rose” – o que, sendo justo, já cansa. Ministros e agentes da PIDE envolvidos com prostitutas, algumas delas menores, é um pouco excessivo e comprometedor convenhamos. Mas não foi a única vez que Salazar teve de lidar com um problema semelhante. Em 1960, pouco meses antes de enviar tropas para responder aos ataques da UPA em Angola, começando assim a longa guerra colonial, o senhor de Santa Comba foi obrigado a resolver um problema inesperado. Com pompa e circunstância, o Estado português recebeu o velho Sukarno, mítico presidente da Indonésia. A delegação foi recebida com chás e bolinhos por Maria, e simpatia por Salazar. Conversou-se em S. Bento sobre coisas importantes, certamente ter-se-á prometido tréguas eternas em Timor e tudo parecia normal. Só que Sukarno, certamente por curiosidade sociológica e gosto pelo conhecimento mais profundo de outras culturas, assim que chegou ao hotel pediu para a sua suite champanhe e meninas várias. Nada se fez sem o conhecimento de Salazar – e foi e ele que, imperturbável, tratou de tudo. Por interpostas pessoas. Gente com conhecimentos de sociologia, influência e fino gosto. A coisa resolveu-se. A bem da Nação. "
Escreve sobre “protagonistas de pequenas histórias com grande significado” e diz que: “É na traição de alcova e na anedota contada entre quatro paredes que os destinos se cruzam ou separam para sempre.”
Do seu artigo da pretérita semana, entre outras histórias que envolvem personagens do Portugal contemporâneo e não só, com a devida vénia, respigámos a seguinte
"Não resisto a terminar com Salazar e com uma história que, não sendo original, é pouco lembrada. Quando se quer acusar o Estado Novo de devassidão moral, recordamos o “Ballet Rose” – o que, sendo justo, já cansa. Ministros e agentes da PIDE envolvidos com prostitutas, algumas delas menores, é um pouco excessivo e comprometedor convenhamos. Mas não foi a única vez que Salazar teve de lidar com um problema semelhante. Em 1960, pouco meses antes de enviar tropas para responder aos ataques da UPA em Angola, começando assim a longa guerra colonial, o senhor de Santa Comba foi obrigado a resolver um problema inesperado. Com pompa e circunstância, o Estado português recebeu o velho Sukarno, mítico presidente da Indonésia. A delegação foi recebida com chás e bolinhos por Maria, e simpatia por Salazar. Conversou-se em S. Bento sobre coisas importantes, certamente ter-se-á prometido tréguas eternas em Timor e tudo parecia normal. Só que Sukarno, certamente por curiosidade sociológica e gosto pelo conhecimento mais profundo de outras culturas, assim que chegou ao hotel pediu para a sua suite champanhe e meninas várias. Nada se fez sem o conhecimento de Salazar – e foi e ele que, imperturbável, tratou de tudo. Por interpostas pessoas. Gente com conhecimentos de sociologia, influência e fino gosto. A coisa resolveu-se. A bem da Nação. "
(Foto do suplemento "Tabu")
Se fosse possível repetir-se este episódio de Sukarno, hoje, com as novas "aberturas" sobre as questões de sexo, a coisa resolver-se-ia também, não tenho dúvidas. A bem da República!...
ResponderEliminarQuem acredita o Salazar ao telefone:
ResponderEliminar*** Menina , por acaso está livre, e quanto às suas colegas? Olhe mande 4 à suite de Hotel do Presidente Sukarno. Façam o que ele pedir.
Quanto ao pagamento enviem o pedido a SNI.
Serão logo pagas, digam que vêm de mim
Tá? ***
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Uma charge de um anónimo que tem a sua piada!
ResponderEliminarSó que meu caro anónimo, esse eventual e virtual contacto, não teria sido assim tão linear. O António, apesar de ser beirão, era mais sofisticado e não dava assim a cara. Ele mexia os cordelinhos de outra maneira!