O arrasamento dos antigos valores resulta de um mercantilismo apocalíptico. A coberto da rendabilidade a todo o custo, não há erva nova que possa crescer.
Os que se insurgiram outrora contra o facto de morrerem pelo capital julgando morrer pela pátria, resignam-se hoje a morrer por nada, desde que o capital passou a cobrar um derradeiro juro da agonia planetária, dispensando qualquer fingimento.
A vida não vale nada, mas uma vida perdida vale dinheiro. Essa é a filosofia dos negócios. É a corrida geral para o esgoto para o qual se encaminham, com uma cumplicidade tão espantosa quanto consternadora…
(Do livro: Por uma sociedade que exalte a vida)
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