terça-feira, 24 de agosto de 2010

De Lagos para a Figueira


Lagos a antiga janela portuguesa para o mundo.

"A história gloriosa de Lagos esteve sempre ligada ao mar. Foi aqui que, no séc. XV, o Infante D. Henrique, “O Navegador”, equipou as suas caravelas e abriu o caminho para os grandes descobrimentos. Assim, o pequeno porto de Lagos tornou-se numa janela para o mundo e num ponto de encontro das rotas marítimas internacionais, onde os caminhos de muitas culturas cruzavam-se."

Quando se fala de Lagos, terra do Barlavento Algarvio, não se pode deixar de referir uma figura incontornável, ligada à história da cidade. Estou a falar do Infante D. Henrique grande precursor dos descobrimentos que viveu em Lagos e onde esteve, por diversas vezes, a partir de 1415, data da expedição a Ceuta.


O infante D. Pedro, seu irmão, é que lhe concedeu (1441) ao tempo regente do reino, o monopólio da navegação, guerra e comércio das terras para além do Bojador.


Em 1437 a tentativa da conquista de Tânger, para consolidar o monopólio do comécio, revelou-se um fracasso para as armas portuguesas, tendo ficado prisioneiro o infante D. Fernando.


As tentativas de resgatar o infante, nunca tiveram êxito, porque umas das condições era a entrega da praça de Ceuta, conquistada em 1415 no Norte de Africa. O rei D. Duarte e as cortes nunca chegaram a acordo para a entrega daquele praça forte o que deu origem à sua morte. Com efeito, D. Fernando, haveria de morrer em péssimas condições de cativeiro e supliciado, por isso foi chamado de Infante Santo.

As razões invocadas foram sempre as do interesse do Estado, mas diz-se que o principal autor deste desfecho teria sido o Infante D. Henrique que nunca concordou com a entrega de Ceuta, por pôr em causa o seu projecto, sacrificando assim a vida do seu próprio irmão.

Como são diferentes as "razões de estado" de alguns políticos portugueses de hoje, comparadas com a verdadeiras e patrióticas razões dos Portuguese de antanho.

1 comentário:

  1. Algumas das citações feitas por mim são baseadas no livro: "A maldição da memória do infante D. Pedro", que cito de cor, por o ter lido há muito tempo, do Dr. Alfredo Pinheiro Marques.-Centro de Estudos do Mar-in Figª. da Foz.
    O resto da pesquisa foi feita na google.

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