terça-feira, 3 de agosto de 2010
O trigo e o joio
Depois de Pinto Monteiro ter dito que os seus poderes são os da “rainha de Inglaterra”, Marinho Pinto disse à TSF que o PGR “não manda nada”
E acrescenta: quem manda são os outros poderes instalados dentro da instituição (leia-se ministério público). E quem são eles? Segundo o diáfano Marinho Pinto são: os poderes corporativos, sindicais, políticos, “porventura partidários”.
Paula Teixeira da Cruz diz que o PGR está a contribuir para a degradação da imagem da Justiça.
É isto precisamente o que pensam a maioria dos portugueses.
Porém, a PGR alguma coisa mandará, porque o seu vice procurador ordenou o encerramento do processo Freeport até 25 de Julho e ninguém acredita que isto tivesse sido feito à revelia de Pinto Monteiro.
Segundo os magistrados do DCIAP, responsáveis pelo referido processo, esta medida inviabilizou a resposta do 1º Ministro a 27 quesitos sobre os quais o mesmo teria muito que dizer.
Cândida de Almeida diz que o processo Freeport pode ser reaberto.
O PGR diz que não vê nenhuma vantagem nisso.
Neste acervo de declarações, acusações recíprocas e contradições, inquinado por interesses “corporativos, sindicais, políticos e “porventura partidários”, o cidadão comum já não acredita na justiça. Esta assemelha-se cada vez mais a um campo de trigo, aonde mãos iníquas lançaram o joio dos interesses e da corrupção que os arautos das boas intenções, eles próprios coniventes com o sistema, já não conseguem esconder e muito menos iludir.
Resta aos ceifeiros esperar pela colheita para separar o trigo do joio e, lançar este, no fogo de uma verdadeira e renovada Justiça que respeite os interesses e a inteligência do povo.
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ResponderEliminarCaro anónimo
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