«O líder do PSD defendeu a responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos maus resultados da economia do país, para que não continuem «a andar de espinha direita, como se não fosse nada com eles».
Passos Coelho parece que não sabe o que se passa em Portugal no que concerne a responsabilizar os responsáveis políticos pela situação económica/financeira a que chegámos a que não é alheia a corrupção que atinge os próprios alicerces do Estado de direito. As intenções até são boas e poderá não esquecê-las mas, se um dia chegar ao poder, não lhe vai ser possível pô-las em prática por razões óbvias.
Nas actuais circunstâcias, então, nem pensar!...
Não é por acaso que um antigo Procurador argumentou: "A maior parte dos crimes de corrupção que se cometem não se conhecem, a maioria dos que se conhecem não são denunciados e aqueles que são denunciados muitos não são condenados", sintetizou Souto Moura, classificando a corrupção como "crime especialmente problemático".
São estas contradições de quem se prepara para governar no futuro, e as mentiras e as contradições dos que governam hoje, que nos levam a não acreditar nas promessas, seja de quem for.
Para que algo mude parece cada vez mais claro que tem que se mudar de regime, de política e de homens.
Por isso é que quando leio os jornais, "tenho a nítida sensação de que estou a ver as notícias de um hospital psiquiátrico", como diz o cronista, João Pereira Coutinho.
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