Hoje comemora-se a Restauração da Independência de Portugal.
Estranhamente ainda não ouvi nem vi nenhuma referência da comunicação social sobre o evento. Chego a duvidar se a história que aprendi nos bancos da Escola Primária é a mesma de agora!...
Após 60 anos de domínio espanhol, consequência directa do desastre de Alcácer-Quibir e da morte do Rei de D.Sebastião que não deixou herdeiros ao trono, sacudimos o jugo de Castela e recuperámos a independência no dia 1º de Dezembro de 1640.
“Parece não haver dúvida de que a ideia de nacionalidade esteve por trás da restauração da independência plena de Portugal depois de 60 anos de monarquia dualista. Cinco séculos de governo próprio haviam forjado uma nação, fortalecendo-a até ao ponto de rejeitar qualquer espécie de união com o país vizinho. Para mais, a independência fora sempre um desafio a Castela e uma vontade de não ser confundido com ela.”
Hoje, tal como ontem, com o País em crise, muito por culpa da situação económica financeira, mas também por falta de competência e de valores morais, estamos novamente a correr o risco da perda de soberania. Hoje, tal como ontem, alguns “políticos” do nosso País gravitam à volta de interesses espanhóis ou de mote próprio (vontade de se confundir com eles) ou com o beneplácito da UE, cujos desígnios nos tornam cada vez mais dependentes e incapazes de determinar o nosso próprio destino como povo.
Hoje, em face das circunstâncias adversas que nos rodeiam, talvez tenha chegado a hora de se proceder a uma profunda regeneração colectiva nacional, sem o que, corremos o sério risco de perder de vez a dignidade de nação soberana, cada vez mais empobrecida e com ela a possibilidade de nos fazermos respeitar e termos, por direito próprio, um lugar condigno nos areópagos das Nações.
Adenda:
Acabo de dar uma vista de olhos nos jornais e verifico que não se comemora a Restauração da Independência.
Quando muito assinala-se o acontecimento histórico quase a medo. E é triste, quase perverso, ignorar a História de Portugal porque dela podemos tirar algumas lições do passado para acautelar melhor o nosso futuro.
Fala-se muito é da candidatura Luso-Espanhola para o mundial de 2018 (subservientemente chamada de candidatura Ibérica) muito discutível, dada a situação de crise que o País vive que aliás não merece o parecer favorável do Presidente da República como se pode ver aqui: http://relvado.aeiou.pt/seleccao/cavaco-silva-contra-mundial-2018-portugal.
ResponderEliminarPor acaso vi, na SIC Notícias, uma peça (bem conseguida) sobre os Conjurados e o palácio onde se reuniram durante algum tempo - "nas barbas dos espanhóis"...
ResponderEliminarAbraço.
J. Cascão