terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O cálice do dever e a ameaça da cicuta

"Nasci ignorado e quero morrer sério e honrado, pretendendo merecer o respeito dos meus concidadãos."

Uma frase que faz pensar, mas que a maioria dos portugueses desconhece. E desconhece porquê? Porque a maioria dos portugueses não é informada devidamente. Ou porque se alheia da coisa pública, por pensar que não vale a pena. Ou porque a luta pelo pão do dia a dia, inibe o povo de pensar ou, talvez, por no seu intimo, admirarem os corruptos, à espera da sua vez.

E aqui reside parte da nossa tragédia. As mentalidades não mudam. Por isso os interesses pessoais ilegítimos, mais do que os do colectivo, triunfam; triunfam a corrupção e os interesses subterrâneos de alguns lóbis. E estes são de tal ordem e estão de tal modo instalados, que só homens de grande carácter, nobreza e determinação, poderão fazer frente ao poder e imoralidade dos que estão a hipotecar o futuro do nosso País.

Morrer sério e honrado no exercício indeclinável do primado da Justiça, mormente com o sacrifício da "taça de cicuta", pode ser, hoje, um imperativo nacional e é certamente uma honra. É um pouco como morrer pela Pátria. Porque a honra de quem fez um juramento do qual jamais abdicou, merece, certamente, o respeito de todos nós!...


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