segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A Justiça e os cortes na Função Pública


A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) na sequência do que considera cortes "ilegais" do subsídio de Natal e férias da Função Pública, promete zelar pelo Estado de Direito.

No comunicado a que a Renascença teve acesso, pode ler-se ainda o seguinte:

“Neste momento de emergência nacional, em que o país parece caminhar a passos largos para uma tragédia económica e social, os juízes portugueses querem assegurar aos seus concidadãos que estarão sempre do lado da protecção dos direitos fundamentais dos mais fracos e desfavorecidos e que não caucionarão atropelos aos valores da Justiça e do Direito, consagrados em instrumentos internacionais e também na Constituição”...
Ver mais aqui.

A questão não é pacífica e o tom está dado por alguns órgãos do poder e por outra figuras de relevo da vida Nacional, incluindo o PR com as suas recentes afirmações. E não é por acaso que os militares se reuniram no pretérito dia 29, interpretando de algum modo, também, o sentimento de descontentamento de largas franjas da sociedade civil.

Creio que todos os verdadeiros portugueses estão interessados em salvar o País da grave da situação em que se encontra, mas esperam que haja equidade nos sacrifícios.
Os que mais podem devem ser os primeiros a fazê-lo e a dar o exemplo, nomeadamente os principais culpados pela actual situação, alguns dos quais deveriam ser ainda responsabilizados por actos e omissões enquanto governantes. Só deste modo, quem governa, conseguirá credibilizar-se aos olhos de um povo já por demais sacrificado e enganado por alguns falsos democratas cuja única virtude tem sido a do "engenho e arte" para se governarem a eles próprios.

1 comentário:

  1. Embora abordando uma questão diferente vi, no IN VERBIS, um comentário que se aplica ao caso concreto dos "cortes", da equidade e do pagamento da dívida, cujo autor dá pelo nome de Wolverine, que passo a citar:
    "É tudo uma questão se saber quem se vai lixar: se os portugueses, se os bancos franceses e alemães. Parece que vão ser os portugueses. Em tempos não muito remotos, políticos que fizessem este tipo de opções (pôr o seu povo à fome, para que os bancos estrangeiros não deixassem de receber até ao último cêntimo), acabavam todos enforcados numa bela madrugada. Mas isso eram outros tempos..."
    Não chego a tanto, mas que era preciso um bom julgamento para os tais senhores, lá isso era.

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