sexta-feira, 1 de março de 2013
A Solidariedade que falta cumprir
"A solidariedade é aquela voz inaudível de defesa no meio da gritaria estridente de acusações. É a manifestação eloquente, ainda que silenciosa, da presença solidificante na sustentação em meio aos fortes ventos de tempestade criados por articulações maléficas dos que só se solidarizam para fazer o mal, o que não é solidariedade, mas cumplicidade. Solidário é companheiro de voz. A solidariedade é espontânea. Vem por convicção e não por remorso." - Sérgio Freire.
E muito menos por imposição.
Vem isto a propósito da Taxa (tributária) Extraordinária de Solidariedade que foi imposta aos portugueses, por razões não devidamente esclarecidas até agora. Assim não pode ser chamada de Solidariedade. O País não está em guerra nem sofreu qualquer catástrofe natural que justifique mais este encargo que agrava a subida generalizada de impostos. Estamos em crise? Certamente. Há causas que se compreendem e que radicam na actual conjuntura Europeia, devida também a líderes de idoneidade duvidosa. Mas existem outras mais graves de origem doméstica e sabe-se bem quem são os seus autores. Que solidariedade é esta? Obrigarem-nos a ser solidários com políticas erradas, com os burlões do BPN e com o esbulho e incompetência de outros salafrários que puseram o País a pão e água?
Os portugueses querem, para não serem mais sacrificados e por um elementar direito de justiça, que se vá buscar o dinheiro onde está e que os culpados respondam e paguem pelos seus actos. Enquanto isso não for feito nenhum governo se consegue impor à consideração dos cidadãos. E se o exemplo vem de cima, nomeadamente por quem tem esse dever, esta é a solidariedade que falta cumprir.
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