Sobre o XXXIII Congresso do PSD em Carcavelos:
Passos Coelho pretendeu emergir neste congresso como um líder que não quer lutar contra “moinhos de vento”, mas sim como alguém que considera imperativo mudar o actual status quo, apresentando as seguintes linhas de força:
"-Há que fazer alterações na Constituição
-Não queremos que o Estado nomeie os gestores das empresas privadas
-Nós diremos o que tem de ser privatizado e o que deve ficar no âmbito do Estado "
E numa clara assumpção de líder deste processo, diz mais:”vamos convidar todos os partidos para se juntarem a nós…”
Estes princípios não são tão inovadores como isso. Os enunciados desta cartilha não são alheios ao próprio PS. A única novidade, a ser genuína, é a de não quererem que o Estado nomeie gestores na área privada. Um dos bastiões da democracia a ser mexido, nas intenções do PSD, é a Constituição, certamente, não pelas melhores razões, mas para conseguirem privatizar tudo o que der jeito; tudo o que interessa aos lobbies do poder. E isso vai significar, menos garantias para os cidadãos.
Então que privatizem a saúde, o ensino, as empresas públicas que dão lucro, todos os sistemas sociais que são obrigação do Estado, a segurança social, a CGAp. o Banco de Portugal, a CGD; privatize-se a defesa do País e assim ficaremos enquadrados nos parâmetros da “sacrossanta” globalização que ninguém sabe aonde nos levará...
Ou talvez alguém saiba bem demais!...
N.B.:-o texto inicial sofreu alterações
Há uma recíproca e silenciosa protecção, entre gente do PS e do PSD, que finge não ouvir as críticas que vêm, muitas vezes, das mais elevadas consciências dos dois partidos.
ResponderEliminarO poder político não se pode demitir da questão que muitos colocam, justamente, no plano moral e ético. E um poder sem moral, como dizia Costa Gomes, desautoriza-se!
(Sérgio Ferreira Borges-in DC de 11/04/2010)