"A tragédia da Madeira continua no nosso dia a dia a interrogar-nos e a desafiar a nossa capacidade de entendimento. Leiam este texto:
“De repente, tudo escureceu. Cordas de água desabaram sobre toda a paisagem que desaparecia rapidamente à nossa volta. O tempo passava e num ruído ensurdecedor, semelhante a uma trovoada, enchia todo o espaço”. Mais adiante: “A ribeira de Santa Luzia, a ribeira de S. João e a ribeira de João Gomes eram três grandes rios, monstruosamente caudalosos e arrasadores. De onde me encontrava, via-os transformarem-se numa só corrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem. A ribeira de Santa Luzia (…) galgou para um outro e outro lado em ondas alterosas vermelho-acastanhadas, arrasando todos os quarteirões…” Conclusão: “Toda a velha Baixa tinha desaparecido debaixo de um fervedouro de água e lama”.
“De repente, tudo escureceu. Cordas de água desabaram sobre toda a paisagem que desaparecia rapidamente à nossa volta. O tempo passava e num ruído ensurdecedor, semelhante a uma trovoada, enchia todo o espaço”. Mais adiante: “A ribeira de Santa Luzia, a ribeira de S. João e a ribeira de João Gomes eram três grandes rios, monstruosamente caudalosos e arrasadores. De onde me encontrava, via-os transformarem-se numa só corrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem. A ribeira de Santa Luzia (…) galgou para um outro e outro lado em ondas alterosas vermelho-acastanhadas, arrasando todos os quarteirões…” Conclusão: “Toda a velha Baixa tinha desaparecido debaixo de um fervedouro de água e lama”.
Embora pareça não é uma reportagem de hoje nem de ontem. É um artigo anterior. Mais precisamente de 11 de Dezembro de 1984. O diário de Notícias do Funchal, publicou-o no dia 13 de Janeiro de 1985. Chamava-se “Eu tive um sonho”e relatava um pesadelo. Escreveu-o, Cecílio Gomes da Silva, engenheiro sivicultor, há 25 anos. Terminava assim: “Dei o alarme – pensem nele”.
Agora sabemos: ninguém pensou. "
In Público de hoje
Agora sabemos: ninguém pensou. "
In Público de hoje
Sobre o Ordenamento, relativo à Madeira, diz ainda o Público de hoje: "Só a Madeira não tem reserva ecológica nacional. Regime legal que protege as zonas naturais e proíbe a construção em leito de cheia nunca foi transposto para a Madeira."
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