Há pessoas que se colocam num pedestal de suposta superioridade, exibindo arrogância por todos os poros que, excede, não raras vezes, os limites da grosseria. Algumas, possuidoras de um elevado estatuto social, bem ou mal conseguido, dão mesmo insuspeitados e péssimos, exemplos de cidadania, urbanidade e convivência social. O verniz que exibem, publicamente, seja por efeitos da canícula ou por outras razões que nos escapam, estala, à menor contrariedade, nos locais de trabalho e atendimento público, ou no exercício das suas funções de mando.
Isto num escalão superior porque, no que respeita ao escalão subalterno, temos alguns funcionários a atender com enfado e sobranceria os cidadãos que, no quotidiano, pedem esclarecimentos e solução, para os seus problemas, quer seja numa junta de freguesia, quer numa Câmara ou qualquer outra repartição pública.
A grosseria também se evidencia quando uma carta não obtém resposta; num e-mail que se ignora; num ficar sentado displicente, quando o cidadão espera, em vão, ser atendido por quem tem a obrigação de o fazer. Em certas pessoas isso não nos causa admiração, pois a vaidade, o espavento que evidenciam ou a sua conotação partidária, de modo nenhum substituem a qualificação e a competência de que carecem.
É com alguma mágoa que fazemos este apontamento mas, se é certo que as acções ficam com quem as pratica, não é menos certo que a cidadania a que temos inteiro jus, pode ser um antídoto contra a grosseria de alguns “fregueses”, supostamente cavalheiros bem pensantes da alta roda cá do burgo!...
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