quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dos projectos e coisas quejandas...

Com um estilo rococó, com demasiadas curvas e floreados, alguém na blogosfera local pretende de tempos a tempos, dar lustre ao modesto desempenho, até ao momento, da autarquia que, talvez por razões compreensíveis, não tem conseguido fazer melhor para alavancar a Figueira da mediania em que se encontra.

Não vem daí mal nenhum ao mundo. Só se discorda do modo pouco ortodoxo de apresentar os assuntos que, no meu ponto de vista, pretende condicionar a opinião dos munícipes menos atentos.
Com o “projecto”, indaga-se por um projecto novo (passe o pleonasmo) para o Concelho e para o turismo da cidade.

Mas, foi traído por algumas contradições, citações de pessoas respeitáveis que amaram a sua terra, mas já funéreas, num mistifório confuso com feiras do livro, subsídios ah doc e por uma citação inadequada ou mesmo infeliz: a da figueira que secou, por falta de frutos, à ordem do Mestre.

É óbvio que a figueira de Mateus 21, foi utilizada como parábola que representa alguns homens que só têm folhas e pouco mais.
Se os seus discípulos não dessem frutos seriam amaldiçoados tal como aquela árvore . Era esta a mensagem subliminar de Cristo aos seus apóstolos se falhasssem no projecto de salvar almas. De resto não era tempo de figos-S. Marcos 11 12:13.
Portanto há que dar tempo ao tempo.

Ora a cidade não tem culpa de quem
enterrou os talentos (frutos) na areia ou lhes deu descaminho no passado, e muito menos terá no presente ou no futuro, se não houver alguém que consiga inverter a actual situação no sentido do progresso. O potencial está cá, mas é necessária alguém com imaginação e “Talent de bien Faire”, como Henrique o Navegador, para se conseguir o desiderato de dar à Figueira o rumo que merece e sair da malapata em que se encontra.

E por mais projectos que existam (pretexto de quem muito pensa e pouco obra) se não houver imaginação e determinação de uma “ínclíta geração” de autarcas e empresários que lhes dêem corpo, é o mesmo que pintar ou escrever sobre "golfinhos na floresta e javalis no mar" que o resultado é o mesmo.

A Figueira não precisa de “se precipitar no mar”; a Figueira, precisa, outrossim, de lançar ao mar (passe a expressão) quem lhe fez mal no passado e, quiçá, quem lhe fizer mal no futuro se não forem concretizadas algumas das promessas que foram feitas em tempo de eleições... com ou sem "projecto!"...

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