segunda-feira, 5 de julho de 2010

Processo Casa Pia vai prescrever?


"O bastonário da Ordem dos Advogados acredita que o processo Casa Pia, cuja leitura da sentença está marcada para 5 de Agosto, vai prescrever." - Ver aqui.

Esta afirmação de Marinho Pinto já não surpreende ninguém. Se assim for é porque os lobbies do poder tudo fizeram e vão fazer, para que a justiça não funcione. Galileu Galilei em 1633 no tribunal do Santo Ofício de Roma, perante todas as evidências, foi obrigado a abjurar a sua crença de que a Terra se movia à volta do Sol, mas teria dito: "Eppur si muove" ("No entanto move-se").

Será que o tribunal do processo Casa Pia, irá sentenciar: "não há pedófilos; mas que as crianças foram abusadas foram?..."

E se a sentença não for esta, como quero acreditar, será justo que, com os recursos dos arguidos, o processo acabe mesmo por prescrever?
Não quero acreditar, não posso acreditar que haja no meu País uma justiça para ricos e outra para pobres.

3 comentários:

  1. Esta afirmação de Marinho Pinto pode ter mais que uma leitura e, a mais credível, é que com ela não queira ajudar as vítimas da Casa Pia, mas sim quem tem interesse em que o processo prescreva.
    É que foi precisamente este senhor (a verdade tem que ser dita) que disse no dia 31 de Janeiro de 2008 em entrevista a Judite de Sousa na RTP, o seguinte:
    "A operação Casa Pia foi uma operação com o propósito de decapitar o PS."

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  2. Caro Zéfoz
    Desconheço o conceito que o meu amigo faz de o que são ricos e pobres.
    Mas respondendo á duvida que o meu caro expressa no post editado a justiça nõ se preocupa com ricos ou pobres a justiça preocupa-se é em salvaguardar os intereses dos poderosos sobre os que não têm poder nem acesso a ele.
    O caso citado é o melhor exemplo.

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  3. Concordo. Só que esses poderosos, por via de regra, são quase sempre os ricos.
    Os pobres além de não terem dinheiro, não têm justiça, não têm poder, não têm força (ou não sabem fazer uso dela).
    Parece-me que ao fim de cinco anos deste imbróglio jurídico, já não há nada que possa remediar o mal feito nem o péssimo exemplo que se deu e está a dar ao País.

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